Refrigerantes do tipo
- ireise
- 7 de mar. de 2015
- 3 min de leitura
Apesar de conterem menos calorias e uma formulação diferente daquela utilizada nos refrigerantes normais, as versões "zero" não está livre dos perigos e mesmo com propostas de uma vida mais saudável, possui sérias restrições e deve ser consumido com a mesma moderação (o ideal seria não consumir) das versões normais. Em pesquisas e estudos recentes, porém, este tipo de refrigerante e em análises de seus compostos químicos, as versões zero calorias também possuem substâncias com potencial agressivo ao organismo.
Mas quais são elas?
Refrigerantes do tipo zero possuem duas substâncias altamente nocivas ao ser humano, o ciclamato de sódio - um agente químico que reconhecidamente faz mal à saúde, e o benzeno - uma substância potencialmente cancerígena. A pergunta que vem logo à mente é: “por que só agora isso está sendo divulgado?”. E pior: “se estes refrigerantes fazem tão mal à saúde, por que sua venda é permitida?”
O motivo é o baixo custo do ciclamato de sódio (10 dólares por quilo) quando comparado ao Aspartame (152 dólares/Kg). O que isso quer dizer? Simplesmente que mesmo contendo substância danosa à saúde, resulta num baixo custo.
Não basta o cigarro?
Para quem se pergunta sobre os países desenvolvidos, aqui vai a resposta: nos Estados Unidos, no Canadá, no Reino Unido e na maioria dos países europeus, o mais popular refrigerante zero não tem ciclamato de sódio. A luta insaciável pelos consumidores é mais forte nos países pobres, até porque é onde menos se tem conhecimento ou se dá importância para essas informações.
No Brasil, uma pesquisa realizada pela Pro Teste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor – verificou a presença do benzeno em índices alarmantes em duas marcas de refrigerantes sabor laranja, do tipo Zero (20 microgramas por litro) e do tipo Light (7,5 microgramas). Já em outros tipos de refrigerantes o índice de benzeno estava abaixo do limite de 5 microgramas por litro.
Só para se ter uma idéia, o benzeno está presente no ambiente através da fumaça do cigarro e da queima de combustível. Agora, imagine isso no seu organismo ao ingerir um dos refrigerantes. Utilizado como matéria-prima de produtos como detergente, borracha sintética e náilon, o benzeno está relacionado à leucemias e ao linfoma. Contudo, apesar de seus malefícios, o consumo da substância não significa necessariamente que a pessoa terá câncer, devido ao nível de tolerância e vulnerabilidade individual de cada organismo, mas alguém aí se arrisca a essa sorte?
Corantes e adoçantes
Na mesma pesquisa da Pro Teste constatou-se que as crianças correm um grande risco, pois foram encontrados adoçantes não informados no rótulo. Em alguns refrigerantes Light, Diet e Zero, foram identificados os corantes amarelo crepúsculo, que favorece a hiperatividade infantil - substância que já foi proibido na Europa - e o amarelo tartrazina, que possui alto potencial alérgico.
Enquanto a pesquisa acusa uma urgente substituição dos corantes por ácido benzóico, por exemplo, a marca mais vendida defende-se dizendo que cumpre a lei e informa a presença dos corantes nos rótulos das bebidas. Já outra empresa do ramo, informou que trabalha “sob os mais rígidos padrões de qualidade e em total atendimento à legislação brasileira”.
Quando será o fim dessa novela e da venda dos refrigerantes que contém substâncias nocivas à saúde, ninguém sabe. Mas enquanto os fabricantes deixam a ética e o respeito ao cidadão de lado em busca do lucro exacerbado, você tem a liberdade de decidir entre o consumo de refrigerantes ou a preservação do seu organismo. Agora, é com você!

Comentarios